segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

O DIABO NA TERRA QUER SE ACREDITE OU NÃO EM DEUS


Banqueiros BANIF, BPN, Goldman, Hypo Bank, Bankia, Morgan, Anglo-Irish Bank, Royal Bank of Scotland, etc, etc, e políticos que atraiçoam países inteiros  e levam á morte prematura de crianças sub nutridas (mais 45 óbitos de mortalidade infantil este ano embora a natalidade esteja a descer!) e idosos com saúde comprometida para extorquir dinheiro da saúde, educação, ordenados e reformas de milhões cada vez mais e mais baixos para dar a meia dúzia com cada vez mais e mais, são o Diabo na Terra. O Juro usurário, a corrupção e os jogos especulativos destes banqueiros e eles próprios são a antítese dos valores mais altos da humanidade que são definidos por Solón da Grécia, 4 séculos antes de Cristo ou exemplo na internacional socialista ou no hino de campanha do PS desde 1976 (e posteriores) e daqueles que se modelam á imagem do Divino (ou seja, quer se acredite ou não em Deus, o melhor ser humano possível) que é definido pelo Papa como: combater a pobreza porque se reconhece a dignidade suprema de todos os seres humanos (...) lutar por uma partilha equilibrada dos recursos da terra (...) opormo-nos à avidez e à exploração."

RTIGO DO PAPA BENTO XVI
PARA O JORNAL INGLÊS «FINANCIAL TIMES»
20 de Dezembro de 2012

«Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus» foi a resposta de Jesus quando lhe perguntaram o que pensava sobre o pagamento dos impostos. Obviamente, os que o interrogavam desejavam preparar-lhe uma armadilha. Queriam obrigá-lo a tomar uma posição no debate político inflamado sobre a dominação romana na terra de Israel. E o que estava em jogo era ainda mais: se Jesus era realmente o Messias esperado, então certamente ter-se-ia oposto aos dominadores romanos. Portanto, a pergunta era calculada para o desmascarar como uma ameaça para o regime ou como um impostor. A resposta de Jesus leva habilmente a questão a um nível superior, atestando com fineza contra a politização da religião e a deificação do poder temporal, e contra a incansável busca da riqueza. Os seus interlocutores deviam entender que o Messias não era César, e que César não era Deus. O reino que Jesus vinha instaurar era de uma dimensão absolutamente superior. Como respondeu a Pôncio Pilatos: «O meu reino não é deste mundo».
As narrações de Natal do Novo Testamento têm a finalidade de expressar uma mensagem semelhante. Jesus nasceu durante um «recenseamento do mundo inteiro», desejado por César Augusto, o imperador famoso por ter levado a Pax Romana a todas as terras submetidas ao domínio romano. E no entanto, este menino, nascido num obscuro e distante recanto do império, estava para oferecer ao mundo uma paz muito maior, verdadeiramente universal nas suas finalidades e para além de qualquer limite de espaço e de tempo.
Jesus é-nos apresentado como herdeiro do rei David, mas a libertação que ele trouxe ao próprio povo não dizia respeito à vigilância dos exércitos inimigos; ao contrário, tratava-se de vencer o pecado e a morte para sempre. O Menino Jesus, vulnerável e débil em termos mundanos, tão diverso dos dominadores terrenos, é o verdadeiro rei do céu e da terra.
O nascimento de Cristo desafia-nos a reconsiderar as nossas prioridades e valores, o nosso modo de viver. E enquanto o Natal é sem dúvida um tempo de grande alegria, é também uma ocasião para uma reflexão profunda, aliás, um exame de consciência. No fim de um ano que significou privações económicas para muitos, o que podemos aprender da humildade, da pobreza, da simplicidade da imagem do presépio?
A narração do Natal pode introduzir-nos a Cristo, tão indefeso e tão facilmente abordável. O Natal pode ser o tempo no qual aprendemos a ler o Evangelho, a conhecer Jesus não só como o Menino da manjedoura, mas como aquele no qual reconhecemos o Deus que se fez Homem.
É no Evangelho que os cristãos encontram inspiração para a vida diária e para o seu envolvimento nas questões do mundo — quer isto aconteça no Parlamento quer na Bolsa. Os cristãos não deveriam fugir do mundo; ao contrário, deviam ter zelo por ele. Mas a sua participação na política e na economia deveria transcender qualquer forma de ideologia.
Os cristãos combatem a pobreza porque reconhecem a dignidade suprema de todos os seres humanos, criados à imagem de Deus e destinados à vida eterna. Os cristãos lutam por uma partilha equilibrada dos recursos da terra porque estão convictos de que, como administradores da criação de Deus, temos o dever de zelar pelos mais débeis e vulneráveis, agora e no futuro. Os cristãos opõem-se à avidez e à exploração, convictos de que a generosidade e um amor abnegado, ensinados e vividos por Jesus de Nazaré, são o caminho que leva à plenitude da vida. A fé cristã no destino transcendente de cada ser humano implica a urgência da tarefa de promover a paz e a justiça para todos. Dado que tais fins são partilhados por muitos, é possível uma grande e frutuosa colaboração entre os cristãos e os outros. Todavia, os cristãos dão a César só o que é de César, mas não o que pertence a Deus. Às vezes ao longo da história os cristãos não podiam aceitar as exigências feitas por César. Desde o culto do imperador da antiga Roma até aos regimes totalitários do século que acabou de transcorrer, César procurou ocupar o lugar de Deus. Quando os cristãos rejeitaram ajoelhar-se diante dos falsos deuses propostos nos nossos tempos, não foi porque tinham uma visão antiquada do mundo. Pelo contrário, isto acontece porque estão livres dos vínculos da ideologia e são animados por uma visão tão nobre do destino humano, que não possa aceitar comprometimentos em relação a nada que o possa ameaçar.
Na Itália, muitos presépios são adornados com ruínas dos antigos edifícios romanos como pano de fundo. Isto demonstra que o nascimento do Menino Jesus marcou o fim da antiga ordem, o mundo pagão, no qual as reivindicações de César pareciam impossíveis de desafiar. Agora temos um rei novo, o qual não confia na força das armas, mas no poder do amor. Ele traz esperança a todos os que, como ele mesmo, vivem à margem da sociedade. Traz esperança a quantos são vulneráveis nos destinos mutáveis de um mundo precário. Desde a manjedoura, Cristo chama-nos a viver como cidadãos do seu reino celeste, um reino que cada pessoa de boa vontade pode ajudar a construir aqui na terra.


L'Osservatore Romano, edição em português, n. 51, 22 de Dezembro de 2012


sábado, 5 de janeiro de 2013

EXPLIQUEM-ME COMO SE TIVESSE 5 ANOS AS DIFERENÇAS DE TRATAMENTO PELA TROIKA ENTRE PORTUGAL E A IRLANDA

VEJAMOS APENAS FACTOS E, A PARTIR DELES, TIREMOS CONCLUSÕES...



EM PORTUGAL...

Na 5ª revisão do nosso Programa de ajustamento, negociada com a "troika" em Setembro passado, o Governo de Passos Coelho e Vítor Gaspar, indiferente ao desvio nas contas públicas provocado pela má execução orçamental de 2012, comprometeu-se com metas muito exigentes para o défice orçamental dos próximos anos: 

a) 4,5% em 2013, e 
b) 2,5% em 2014. 

O custo brutal desta opção é conhecido: um "enorme aumento de impostos"  este ano e um violento corte no Estado social no ano seguinte - com todas as suas devastadoras consequências económicas e sociais. 

NA IRLANDA ...

Já para a Irlanda a trajectória é bem diferente: a meta do défice ficou fixada em 7,5% para 2013 (uma redução relativamente suave, de apenas 0,8 p.p. face aos 8,3% deste ano), passando para 5% em 2014. 
A Irlanda terá assim de alcançar daqui a dois anos o mesmo défice que Portugal teria de atingir em 2012 

Mais: a Irlanda só prevê baixar dos 3% de défice em 2015 e, de acordo com o previsto, não chegará aos 2,5% antes de 2016 - dois anos depois de Portugal!

Em face disto, e não obstante todas as diferenças entre as situações de partida e a estrutura económica de Portugal e da Irlanda, é incontestável que a Irlanda dispõe de um quadro de ajustamento muito mais favorável e mais compatível com o crescimento da sua economia. 

E os resultados aí estão: prevê-se que a economia irlandesa cresça 1,1% em 2013 e 2,2% em 2014, enquanto a estratégia de austeridade "além da troika", promovida desastradamente pelo Governo português e acentuada a cada revisão do Memorando inicial, nos conduziu a uma recessão de pelo menos 3% este ano e provocará o prolongamento da recessão em 2013, sendo que, mesmo a fazer fé nas previsões optimistas do Governo, só teremos um crescimento ligeiro da economia (de 0,8% do PIB) lá para 2014.


A preocupação de conciliar o crescimento económico com a consolidação orçamental está igualmente patente no modo como se tenciona gerir os eventuais desvios na execução do Programa irlandês, num período que é de muitos riscos e incertezas. 
No caso português, como é sabido, perante um Orçamento em cujo cenário macroeconómico ninguém acredita, o Governo anunciou a preparação de medidas adicionais de austeridade para 2013 (cerca de 850 milhões de euros de cortes adicionais na despesa, além de 4 mil milhões de cortes definitivos) para o caso de a recessão superar o valor previsto pelo Governo (de 1%), com novo prejuízo para as receitas fiscais e, consequentemente, para as metas do défice. 
Veja-se então o que disse o FMI no seu comunicado de 17 de Dezembro sobre a Irlanda, depois das negociações com o Governo irlandês no âmbito da oitava avaliação: "...se no próximo ano (de 2013) o crescimento económico for decepcionante, qualquer consolidação orçamental adicional deve ser adiada para 2015 de modo a salvaguardar a recuperação da economia...". 
 Podia alguma vez uma frase destas ser dita pelo Governo português? 
Poder podia, mas não era a mesma coisa.


A PRESSÃO INQUALIFICÁVEL SOBRE O TRIBUNAL CONSTITUCIONAL:

Devo dizer-vos, como cidadão, que acho verdadeiramente inqualificável e vergonhoso ver vários paladinos da verdade (curiosamente todos ligados à alta finança e aos bancos que foram, também, uma das causas do buraco em que nos encontramos todos) a exercerem uma pressão sem nome sobre os juízes do Tribunal Constitucional, chegando a afirmar, como ocorreu hoje com o Secretário de Estado do Orçamento, que se alguma das normas for inconstitucional acaba a ajuda externa...

Devia ter vergonha na cara, porque SALAZAR (que, aliás, Passos Coelho anda a ler nas suas viagens) não teria usado argumento melhor... a velha táctica do medo e do caminho único, senão é a desgraça...
Já eu, como Democrata-Cristão e Republicano, só espero que o Tribunal Constitucional exerça as suas funções meramente jurídico-constitucionais (pois essa é a sua única missão) porque as preocupações políticas, essas, são dos políticos que elegemos para governar, respeitando as leis da República, mormente a Lei Fundamental!

Ainda relembro que os direitos fundamentais, os direitos, liberdades e garantias e os princípios constitucionais da igualdade, da proporcionalidade, da proibição do excesso, da adequação dos meios aos fins, da defesa do interesse público são princípios existentes em TODOS os quadros constitucionais dos países europeus, correspondem a direitos que o povo, representado pelos deputados constituintes (2/3 deles), quis ter como qualquer outro povo que vive em sociedades organizadas, livres e democráticas. Portanto, desrespeitar esta vontade é assumir que há uma minoria iluminada que pode impor a sua vontade sobre a maioria e isso tem um nome: costumam chamar-lhe ditadura. Qualquer alteração a essas direitos fundamentais e princípios constitucionais tem de passar por essa maioria de 2/3 de deputados.
A menos que aceitemos de bom grado esquecer estes direitos e estes princípios e autorizemos este ou qualquer outro governo a decidir o que cortar, como cortar e a quem cortar sem critério. Aqui abriremos portas para se cortar a si e não ao seu vizinho, porque sim.... 

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

O Rumor, a Calunia, a Mentira como Hábitos Enraizados da Blogoesfera e da Direita que Destroem Portugal e Tentam Nivelar os Melhores Pela Mediocridade e Falta de Principios Da Direita Ultra Neo Liberal



Na Universidade de Verão do PS houve por parte do reitor Alvaro Beleza (médico, dirigente da ordem dos médicos, Hospital de Santa Maria, ex presidente do instituto português do sangue) e da sua equipa  (onde eu próprio me inclui como professor de farmacologia em medicina, mestre por Harvard, doutorado por Michigan além de uma lista extensa de pessoas com idênticas qualificações) uma preocupação enorme em nivelar por cima para bem de Portugal, ao contrário de outras universidades políticas onde abundam figuras banqueiras e burlões inúteis do BPN  ou da goldman sachs. Portanto convidamos como professores só grandes intelectuais, académicos,  sindicalistas, líderes de think tanks europeus com investigação e/ou produção confirmadas durante décadas para debater com os estudantes opções para outro caminho para Portugal com "mais luz, mais riqueza, mais igualdade para todos." Essa preocupação resultou em sessões magnificas sobre um futuro baseado na investigação cientifica ligada ás empresas e ao renascimento do tecido produtivo destruído a partir de 1985, por exemplo no debate aceso com a Professora Carmo Fonseca, médica, professora catedrática de medicina,  doutorada e diretora do instituto de medicina molecular.    Partilho acima o caderno de curso da Universidade com a Lista de Professores cujos nomes já tinha divulgado aos bloguistas de direta.  Todos estes professores de alto calibre promoveram sessões animadíssimas e participadas com entusiasmo num terreno fértil de comunicação,  onde qualquer aluno e pessoa na assistência se podia inscrever para ir ao palco questionar os professores (no PS não acreditamos na primazia tirânica de imbecis inúteis banqueiros vindos de hedge funds vigaristas americanos e de companhias destrutivas Goldman Sachs como  Antonio Borges serem promovidos a D. Sebastiões das Brumas e ninguém os poder questionar).   Ao contrário das outras universidades onde os factos são que os livros são coisas inexistentes e os professores deles tiram licenciaturas falsas num dia tivemos na Universidade de Verão do PS também uma bibliografia cuidada para ser citada e discutida que incluía clássicos como a Política de Aristoteles, a busca do ideal de Isaiah Berlim, ou o Federalista dos founding fathers americanos Hamilton, Madison, Jay. Este último livro traduzido pelo Professor Viriato Soromenho Marques também professor convidado da universidade de verão do PS. Outros livros incluíam textos práticos por exemplo da Harvard Business School e da Harvard Kennedy School of Government para nos ajudarem a negociar melhores com os nossos credores para tentar aliviar o sofrimento dos Portugueses, como "Getting to Yes - Negotiating Agreement Without Giving In" de Roger Fisher e William Ury, professores de Harvard.   Perante tudo isto, num pais normal e produtivo que não estivesse no estado trágico em que nós estamos, a direita tentaria fazer melhor, entrar numa esfera de competição salutar em que a sua universidade no futuro seria ainda melhor com melhores professores, numa espiral benéfica de politicos portugueses formados por gente com cada vez melhor qualidade e não por vigaristas e burlões como dias loureiros ou duarte limas.  Infelizmente não estamos num pais produtivo e estamos no pais onde o sociólogo José Gil ("Portugal o medo de existir" foi outro dos livros debatidos na UV do PS) refere que "estamos no pais da inveja que tenta nivelar tudo pela mesma mediocridade", o pais onde impera "O rumor, a calúnia as estratégias múltiplas de exclusão que se desenvolvem no quadro de funcionamento do grupo acabam por vencer e eliminar o elemento novo que irrompia." E assim não é de espantar que mentirosos caluniadores no blogue 31 da Armada, e infelizmente e desafortunadamente neste proprio blogue onde com espirito patriótico e conciliador, para nivelar por cima, tento contribuir e educá-los,  tenham mentido e desinformado sem qualquer pudor os seus leitores numa propaganda de mentira e falta de respeito pela verdade nauseabunda sobre quem era professor na universidade de verão do PS. Afirmaram repetidamente que os professores eram um burlão como os dias loureiros deles,  mesmo depois de terem sido informados sobre a lista dos professores da universidade de verão do PS (acima divulgada na foto). Ao contrário de orgãos respeitados e de pessoas de bem, os bloguistas de direita, com a mentira enraizada nos habitos que destruiram portugal,  em vez de pedirem desculpas e corrigirem o seu erro continuaram a insistir na mentira que os professores da universidade de verão do PS não eram os que acima descrevo e partilho.  É pena mas ajuda-me a perceber, após 15 anos fora do pais, porque é que este pais é um pantanal onde a mentira pode florescer tanto sem qualquer pudor, onde foi possivel, dias loureiros, duarte limas, isaltinos morais e oliveiras e costas roubarem tantos biliões a um povo trabalhador e a um pais que tinha tanta possibilidade de se nivelar por cima e florescer.


quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

QUEM DEU PODER ÀS AGÊNCIAS DE RATING FOI O CONGRESSO DOS EUA


Um rating é uma avaliação feita por agências de classificação sobre a capacidade e determinação de uma empresa ou governo em honrar os seus compromissos de dívida. 
A partir dos anos 90, o rating tornou-se uma condição indispensável para que empresas e os países tenham acesso ao mercado financeiro internacional. 
As agências de classificação emitem os ratings com a certeza de que fornecem ao mercado as informações relevantes. 
Todavia, especialistas e pesquisadores, onde se destaca Partnoy, têm criticado as agências alegando que os ratings não são informativos, pois apenas reflectem o risco de mercado e não possuem capacidade de antever crises, agravando as já existentes. 

As principais agências de rating em nível mundial são a Standard & Poor’s e a Moody’s Investor Service, que juntas somam mais de 80% do mercado mundial, o que por si só é digno de reflexão.
Na verdade, o rating é somente mais um factor de decisão de investimento. E, neste caso, as agências aconselham os investidores a examinar, com suas próprias fontes informacionais, os valores mobiliários e as obrigações de dívida que desejam comprar ou vender.

O processo de avaliação do rating soberano engloba tanto variáveis qualitativas como quantitativas. As variáveis qualitativas podem ser resumidas nas seguintes: 
(a) estabilidade e legitimidade das instituições políticas; 
(b) participação popular nos processos políticos; 
(c) probidade da sucessão das lideranças; 
(d) transparência nas decisões e objectivos da política económica; 
(e) risco geopolítico; 
(f) outros (caso necessário).

Para as agências de rating, os indicadores de risco económico são os seguintes: 
a) Estrutura Económica e Perspectivas de Crescimento Económico; 
b) Flexibilidade Fiscal; 
c) Endividamento do Governo Soberano; 
d) Estabilidade Monetária; e 
e) Liquidez Externa e Dívida Externa, como discutem Standard & Poor’ s

Um rating não constitui uma recomendação para compra, venda ou posse de um título particular, nem comenta a conveniência de um investimento para um investidor particular, na verdade apenas tem carácter opinativo. É por este carácter opinativo dos ratings que confere às agências a imunidade legal contra as acções de perdas e danos nos EUA, pelo preceito constitucional de liberdade de expressão. 


É bom recordar que, de acordo com a BBC, o governo dos EUA forçou a Moody’s a retirar o rating do Irão, após classificar o país como integrante do “Eixo do Mal”, em 2002. 

Assim, pode-se dizer que as agências e os EUA detêm um forte poder sobre o mercado financeiro, comparando-as a concursos de beleza onde raramente as vemos discordar umas das outras.

Também recordo a estratégia de punição por não comprar os seus serviços: a política da Moody’s de indicar ratings para qualquer emissão de títulos de dívida, em resposta à demanda de empresas de países emitentes ou não, é vista pelos agentes de mercado como uma “chantagem”, já que tem como base a crença de que os ratings não solicitados pelas empresas e Bancos dos vários Estados são sempre piores do que os demandados pelas empresas emitentes.

Finalmente, mas não menos importante, é bom recordarmos que a instituição da avaliação do risco da dívida soberana pelas agências de rating foi uma imposição mundial do Congresso Norte Americano. Neste momento é, também, hora de recordar que as mais relevantes agências de rating são americanas, enquanto a Europa dormia no sonho de um espaço de Paz e prosperidade, mas sem reflectir e preparar o futuro.
Deixo, por fim, uma última reflexão: quando a China for capaz de competir na área das tecnologias de ponta (e lembro que já está na energia nuclear e na indústria automóvel) a Alemanha sentirá a sua pequenez no mundo e o espaço Europeu só tem um caminho: o Federalismo.